Benditos sejam
Vivam os malditos
Seus deboches e desdéns
O sacrosanto sarcasmo
A predileção pelo
avesso
Vivam os malditos
Da verdade
escancarada
Do verbo dilatado
Polêmica tatuada no DNA
Polêmica tatuada no DNA
Vivam os malditos
Seu gosto agridoce pelo
incomum
O fardo pesado embalado
O óbvio sempre rejeitado
Vivam os malditos
E suas poesias feitas de lágrimas, sangue e semên
Sua autenticidade pungente
Sua marginalidade latente
Vivam os malditos
Para quem ousadia não é escolha
Guiados pela incerteza
Cientes de sua natureza extraordinária
Vivam os malditos
E suas sombras
O medo do velado
O autêntico despudorado
Vivam os malditos
E seus amores intensos
Suas loucuras vis
Sua entrega descomunal
Vivam os malditos
De Baudelaire a Chacrinha
De Clarice a Nelson Rodrigues
De Cazuza a Itamar Assunção
De mim a você
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