Minha história
Sempre fui apocalíptica. A certeza da finitude, a falência da raça humana, a pobreza, a miséria, a ignorância.... regida pelos desenganos, deixei-me incendiar pela ideia do fim do mundo, ou ao menos do homem. Entrei em erupção e como um vulcão minhas lavas escorreram, quentes e escarlate, como sangue, porém inflamável. Das entranhas da terra explodi em mim mesma, meus pedaços viraram letras, frases e versos, todos magmáticos, mas não como rochas, pois ainda não esfriaram e são de outra matéria.
Pensamento desconexos me afugentavam do centro de mim mesma, e como um oceano num maremoto inundei a tudo e a todos. Inundei minha alma com desesperança, não me deixei levar pela correnteza, insistindo em brigar com o mar e as ondas. Enfrentei tsunamis, fui até o triangulo das bermudas, não soube escutar os ventos e fiquei sem popa e rumo. Pensando ter encontrado o mapa certo, acabei sem terra à vista, sozinha em águas escuras e salgadas.
Ainda assim voltei à água, aquela dos primórdios do meu ser, de onde surgi, a água da bolsa, a água in útero, da barriga da minha mãe, à água da vida, do amor, do contato íntimo, da conexão vital, do extremo da dependência, do amor incondicional, da cooperação inexorável, da troca energética, água do desconhecido, água rica, água intra-uterina. E lá nadei dentro da bolsa, flutuei ligada ao cordão umbilical até que a misteriosa semente da vida me tornasse o que sou hoje.
Foi então que embarquei no taxi lunar que me levou para além da lua, me levou para a via láctea, me levou ao buraco negro, me mostrou tudo o que conhecia e que ainda assim não é nem um grão de areia do que se conhece, me mostrou o invisível. E eu acreditei e vi.
Pensamento desconexos me afugentavam do centro de mim mesma, e como um oceano num maremoto inundei a tudo e a todos. Inundei minha alma com desesperança, não me deixei levar pela correnteza, insistindo em brigar com o mar e as ondas. Enfrentei tsunamis, fui até o triangulo das bermudas, não soube escutar os ventos e fiquei sem popa e rumo. Pensando ter encontrado o mapa certo, acabei sem terra à vista, sozinha em águas escuras e salgadas.
Ainda assim voltei à água, aquela dos primórdios do meu ser, de onde surgi, a água da bolsa, a água in útero, da barriga da minha mãe, à água da vida, do amor, do contato íntimo, da conexão vital, do extremo da dependência, do amor incondicional, da cooperação inexorável, da troca energética, água do desconhecido, água rica, água intra-uterina. E lá nadei dentro da bolsa, flutuei ligada ao cordão umbilical até que a misteriosa semente da vida me tornasse o que sou hoje.
Foi então que embarquei no taxi lunar que me levou para além da lua, me levou para a via láctea, me levou ao buraco negro, me mostrou tudo o que conhecia e que ainda assim não é nem um grão de areia do que se conhece, me mostrou o invisível. E eu acreditei e vi.